segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MEU GRITO


Meu Grito

Hoje eu quero gritar aos quatro cantos da terra,
Quero ser ouvida e valorizada por esse mundo cruel,
Onde quanto mais o tempo passa a porta cerra,
Mas sei que o meu Deus do outro lado me abrirá o céu...

Nesse mundo efêmero de pessoas vazias e egoístas,
Sei que as portas se fecham, mas meu grito sairá.
O meu lamento é tão triste a perder de vistas,
Quero gritar ao mundo, sabendo que ele não me ouvirá...

Sei que o Rei lá do seu trono me escuta e me entende,
Somente Ele sabe bem o que vai dentro do meu coração,
A Ele não preciso gritar, pois dEle tudo depende,
Só Ele que me traz paz, amor e me faz suportar essa solidão....

Malu

SOLIDÃO DA COR






Gostaria de saber
da solidão da cor.

Tão sutil seu estar
quando toda luz
se mostra toda cinza.

Não sei porque cinza
se cinza é tão bonito.
Será suave a solidão
se não se procurar
saber-lhe a cor.

Toda cor tem som
Todo som tem cor.
Solidão de cor
Solidão de música.

Tudo é solidão
no estar cercado
de alguéns
que não sabem
que são ninguéns.




Autora: Maria Augusta Christo de Gouvêa
Phoenix ou Mamy
Autora dos livros:
"Vivendo as Perdas sem Danos", 3ª edição
"Terceira Idade, ainda Tempo de Semear", 1ª edição

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pedindo Licença



Maria Augusta Libânio

Quero, hoje, pedir licença ao mundo para chorar.
Quero encontrar aquela lágrima que se petrificou no fundo de minha alma.
Lágrima que me daria a dimensão da dor e da vida.

Não mais encontro o meu eu, no tanto tempo perdido.
Não o encontro na face escancarada em gargalhadas caricaturais,
dando ao mundo a figura que ostento na covardia da sobrevivência

Quero lágrimas que tenham a coragem de lavar esta máscara,
que me faz tão mentirosa,quando me visto de princesa,
guardando os andrajos no escuro da alma vazia.

Tirem-me a máscara!
Lavem-me do lodo da ilusão.
Venha, em enxurrada, purificar-me.
Despejem a bílis que amargura uma vida,
quando as cores são falsas e as dores são camufladas.

Tirem-me da vitrina de modelos cintilantes.
Deixem-me vestir meus trajes rotos
de tanto se arrastarem pelos caminhos
O caminho perdido no inventar uma rota de crenças infundadas

Não me olhem com olhos de louros metalizados,
como jóia azinhavrada em velhos baús,
onde falsas jóias empoeiram-se por séculos.

Mundo onde patino em passos lentos,
devolva-me as minhas lágrimas.
Não as esconda de mim.
São as únicas que me restam.

21/11/07

Perdas E Ganhos


Autor: Rackel F F Tambara

Aquela amiga de longa data resolveu dar um basta nos trinta anos à beira do fogão, satisfazendo as vontades culinárias do marido e filhos, bem como dos convidados destes, independente de dia e hora em que a solicitassem. A reação foi imediata: “Você não é mais a mesma, não gosta mais de nós”. E ela ficou imaginando se tinha valido a pena estar disponível durante tanto tempo para alegrar as pessoas que amava e eles egoisticamente não perceberem sua doação. Talvez não tivesse valorizado o seu esforço como ela achava que deveria. Descompasso de importâncias, sentimentos sufocados, aflorando de repente.

As pessoas adoram que façamos sacrifícios por elas. Principalmente aquelas atitudes que tenham um algo mais, que estejam além do usual, que tenham um quê de transgressão, que demonstrem a elas que são distintas das demais. Não podíamos fazer, mas fizemos. Não queríamos nos violentar para realizar a vontade do outro, mas ficamos com medo de perder e com a ânsia de agradar. A última coisa que o benfeitor quer é propaganda de algo infringido. Mas mesmo assim, esforçamo-nos, quebramos regras para atender os desejos de alguém, até pela nossa dificuldade de dizer não.

Podemos passar a vida inteira fazendo concessões a alguém. Todavia, o algo mais que se faz, não raro, é arquivado em cantinho de perdas do nosso íntimo, na categoria dos favores concedidos. Se a cota que recebemos pesa igualmente na balança, respiramos aliviados porque sentimos que valeu a pena. Se o fiel desequilibra, sentimos que nos tiraram a essência do que nos era tão caro.

Neste contexto, vale ter sempre presente que a doação é uma via de mão única. Se optarmos por trilhar o caminho da disponibilidade, da presteza, de estarmos sempre prontos a resolver tudo, implica ter em mente que não podemos esperar retorno, sob pena de nos resumirmos a contabilizar perdas e ganhos. Desarmados, podemos enxergar com maior clareza o quanto recebemos das pessoas e não percebemos. O que obtemos é lucro e pode ser usufruído livremente, sem cobranças.

http://www.artigonal.com/relacionamentos-artigos/perdas-e-ganhos-1117830.html


Perfil do Autor

Cronista semanal em caráter de colaboração para o Jornal \"Atos e Fatos\", do noroeste do Rio Grande do Sul, há 10 anos; e para o jornal \"Capital das Praias\", do litoral norte do Rio Grande do Sul, há 5 anos. Poeta com um livro publicado em 2000,\"Intervalo\". Tenho contos ainda não publicados e um romance em gestação. Meu blog: http://verboesubstantivo.blogspot.com/

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

TUDO PASSA


Isso também passa*
Certo dia um homem percebeu a seguinte frase em um pergaminho pendurado aos pés da cama de Chico Xavier:
"isso também passa".
Com a curiosidade de cada ser humano resolveu perguntar:
"Irmão, o que significa essa frase?"
E Chico, sem titubear lhe responde: A vida nos prega muitas peças, que podem ser boas ou não.
Mas tudo significa aprendizado.
Recebi esta mensagem de um anjo protetor num desses momentos de dor onde quase perdi a fé.
Essa frase é para que todos os dias antes de me levantar e de me deitar possa ler e refletir, para que quando tiver um problema, antes de me lamentar eu possa me lembrar que "isso também passa", e para quando estiver exaltado de alegria, que tenha moderação e possa encontrar o equilíbrio, pois
"isso também passa"...
Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias. Praticar a paciência e perseverar no bem e nas boas ações ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida um constante aprendizado.
É ter a consciência de que todas as pessoas erram, de que o ser humano ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso até saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar, dentro de seu contexto e grau de compreensão.
Deste modo, meu amigo, toda vez que olho para essa frase, meu coração se aquieta e a paz me invade, pois sei que "isso também passa"!

(Chico Xavier)